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Tosse Crônica ou Persistente: Tudo que você precisa saber!

Atualizado: 4 de jul.

A tosse crônica, um sintoma que aflige muitos pacientes e exige uma investigação aprofundada para entender suas causas e os tratamentos mais adequados. Neste artigo, exploraremos em detalhes a natureza da tosse crônica, suas principais causas e os exames necessários para um diagnóstico preciso. Além disso, abordaremos as estratégias de tratamento, destacando a importância de uma abordagem personalizada para aliviar esse terrível incômodo.


Entendendo a Tosse Crônica

A tosse crônica é caracterizada por ser persistente, durando mais de 8 semanas em adultos e mais de 4 semanas em crianças. Essa condição pode ser sintomática de uma série de doenças subjacentes, o que a torna um desafio tanto para pacientes quanto para profissionais de saúde.


Principais Causas da Tosse Crônica


  1. Asma: Uma condição pulmonar crônica marcada por inflamação e estreitamento das vias aéreas. Isso pode resultar em tosse crônica, sibilância e falta de ar.

  2. Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC): Um conjunto de doenças pulmonares crônicas, incluindo bronquite crônica e enfisema, que frequentemente se manifestam com tosse crônica, falta de ar e excesso de produção de muco.

  3. Refluxo Gastroesofágico (DRGE): Um distúrbio digestivo em que o ácido estomacal retorna para o esôfago, irritando-o e levando à tosse crônica.

  4. Rinite Alérgica: Uma condição em que o sistema imunológico reage de forma excessiva a substâncias inaladas, como pólen e ácaros, resultando em tosse crônica, espirros e congestão nasal.

  5. Sinusite Crônica: Uma inflamação prolongada dos seios nasais, frequentemente associada a tosse crônica, dores de cabeça e pressão facial.

  6. Aspiração de corpo estranho: quando um objeto estranho é inalado, pode ficar preso nas vias respiratórias e causar tosse intensa e dificuldade para respirar.

  7. Bronquiectasia: Uma condição em que os brônquios se dilatam e inflamam, levando à tosse crônica e infecções pulmonares frequentes.

  8. Fibrose Cística: Uma doença genética que afeta as glândulas produtoras de muco, levando à produção excessiva de muco e tosse crônica.

  9. Câncer de Pulmão: O câncer de pulmão, embora menos comum, pode desencadear tosse crônica, juntamente com sintomas como dor no peito, perda de peso e falta de ar.

  10. Uso de Medicamentos: Várias medicações podem causar tosse como efeito colateral em algumas pessoas. Essa condição é conhecida como tosse induzida por medicamentos e pode ser um sintoma desconfortável e persistente. As medicações que mais comumente causam tosse como efeito colateral incluem:


  • Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina (IECAs): Esses medicamentos são frequentemente usados para tratar hipertensão arterial e insuficiência cardíaca. IECAs como o enalapril e o lisinopril são conhecidos por desencadear tosse em alguns pacientes.

  • Bloqueadores dos Receptores da Angiotensina II: Medicamentos como o losartan e o valsartan, usados para tratar condições cardíacas e hipertensão, também podem causar tosse em algumas pessoas.

  • Betabloqueadores: Alguns betabloqueadores, como o propranolol, podem levar à tosse em certos pacientes.

  • Anti-inflamatórios não esteroides (AINEs): Embora menos comuns, alguns AINEs, como o ibuprofeno e o naproxeno, foram associados à tosse em casos raros. Esses medicamentos podem piorar o refluxo gástrico causando tosse.

  • Medicamentos para Parkinson: Alguns medicamentos usados no tratamento da doença de Parkinson, como a levodopa, podem causar tosse como efeito colateral.




É importante observar que nem todas as pessoas que tomam esses medicamentos desenvolvem tosse como efeito colateral, e a ocorrência pode variar de pessoa para pessoa. Se você suspeita que um medicamento está causando tosse, é crucial discutir essa preocupação com seu médico. Eles podem avaliar sua condição, considerar outras causas da tosse e, se necessário, ajustar o tratamento ou prescrever uma alternativa mais adequada. Nunca interrompa o uso de um medicamento sem orientação médica, pois isso pode agravar problemas de saúde subjacentes.


Impactos na qualidade de vida do paciente afetado por tosse crônica:


A tosse crônica pode ter impactos significativos na qualidade de vida dos pacientes, afetando vários aspectos do seu bem-estar físico, emocional e social. Aqui estão alguns dos prejuízos mais comuns causados pela tosse crônica:


  • Distúrbios do Sono: A tosse persistente pode interferir no sono, levando à insônia ou a noites de sono interrompidas. Isso resulta em fadiga diurna, falta de energia e dificuldade de concentração.

  • Fadiga: A tosse constante exige esforço dos músculos respiratórios e pode deixar o paciente cansado e fraco, afetando sua disposição para atividades cotidianas.

  • Limitações nas Atividades Físicas: A tosse crônica pode restringir a capacidade de realizar atividades físicas, como exercícios, caminhadas e até mesmo tarefas domésticas simples.

  • Impacto Emocional: Conviver com a tosse persistente pode causar ansiedade, depressão e estresse emocional. A preocupação constante com a tosse e o impacto na vida social podem afetar negativamente o estado emocional do paciente.

  • Isolamento Social: Pacientes com tosse crônica podem evitar situações sociais para evitar constrangimentos. Isso pode levar ao isolamento social, prejudicando relacionamentos e qualidade de vida.

  • Problemas nas Relações Interpessoais: A tosse frequente durante interações sociais pode ser embaraçosa e dificultar a comunicação. Isso pode afetar relacionamentos familiares, de amizade e profissionais.

  • Complicações Médicas: A tosse crônica também pode resultar em complicações médicas, como lesões nas vias respiratórias, ruptura de pequenos vasos sanguíneos na região da garganta e aumento do risco de infecções respiratórias.

  • Desconforto Físico: A tosse constante pode causar dor no peito, irritação na garganta e desconforto geral, tornando o dia a dia mais desafiador.

  • Impacto nas Atividades Laborais: Em casos graves, a tosse crônica pode prejudicar o desempenho no trabalho devido à fadiga, falta de concentração e desconforto físico.

  • Incontinência Urinária: Certamente, a incontinência urinária é uma complicação frequentemente subestimada e pouco discutida da tosse persistente. Essa condição ocorre quando a tosse intensa e repetitiva coloca pressão adicional sobre os músculos do assoalho pélvico e esfíncteres urinários, levando à perda involuntária de urina.

  • Diminuição da Qualidade de Vida Global: A combinação de todos esses fatores resulta em uma redução significativa na qualidade de vida geral dos pacientes com tosse crônica. O impacto nas atividades diárias, saúde emocional e relacionamentos pode ser substancial.


É importante que os pacientes com tosse crônica busquem avaliação médica para identificar a causa subjacente e iniciar o tratamento adequado. O tratamento não apenas alivia os sintomas, mas também pode melhorar significativamente a qualidade de vida, permitindo que os pacientes voltem a viver de forma plena e saudável.


O Diagnóstico da Tosse Crônica


O diagnóstico preciso da tosse crônica é essencial para o tratamento adequado.

Como médico otorrinolaringologista, durante uma anamnese para investigação de um quadro de tosse persistente, é fundamental fazer perguntas detalhadas para entender melhor a condição do paciente. Aqui estão 10 perguntas importantes a serem realizadas e você já pode se preparar para elas, ajudando no andamento de sua consulta:


  1. Há quanto tempo você está tossindo persistentemente? Esta pergunta ajuda a determinar a duração da tosse e a identificar casos crônicos.

  2. A tosse é seca ou produtiva? Essa distinção é crucial para avaliar a natureza da tosse e possíveis causas.

  3. Você percebe alguma relação entre a tosse e algum horário do dia ou atividade específica? Isso pode ajudar a identificar desencadeadores da tosse.

  4. Como você descreveria a tosse? É seca, rouca, com secreções visíveis, etc.? A descrição detalhada dos sintomas ajuda na investigação diagnóstica.

  5. Além da tosse, você apresenta outros sintomas, como febre, falta de ar, chiado no peito ou dor de garganta? Avaliar sintomas associados é importante para entender a gravidade do quadro.

  6. Você possui histórico de alergias, asma ou doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)? Condições preexistentes podem influenciar a tosse persistente.

  7. Você é fumante ou está exposto à fumaça de cigarro regularmente? O tabagismo e a exposição ao tabagismo passivo são fatores de risco importantes.

  8. Você está tomando algum medicamento atualmente ou fez mudanças recentes em sua dieta ou estilo de vida? Alguns medicamentos e hábitos alimentares podem desencadear tosse como efeito colateral.

  9. Além da tosse, você percebe alguma outra alteração, como perda de peso não explicada ou voz rouca? Essas observações podem fornecer pistas adicionais para o diagnóstico.

  10. Como a tosse está afetando sua vida diária e suas atividades? Avaliar o impacto da tosse na qualidade de vida do paciente é fundamental para determinar a gravidade do quadro.


Lembre-se de que uma anamnese completa e cuidadosa é essencial para a avaliação adequada da tosse persistente e para orientar os passos subsequentes no diagnóstico e tratamento.

Além do histórico clínico e exame físico, quando o médico avalia os sintomas e hábitos de saúde do paciente, procurando sinais de doenças respiratórias vários exames podem ser conduzidos para identificar a causa subjacente, tais como:


  • Nasofibrolaringoscopia: Examina a garganta e vias respiratórias, podendo identificar causas como rinite, sinusite e refluxo gástrico.

  • Radiografia e Tomografia Computadorizada de Tórax: Permitem identificar doenças pulmonares, como pneumonia e câncer de pulmão, bem como condições como bronquiectasia e fibrose cística.

  • Testes de Função Pulmonar: Medem o fluxo de ar e a capacidade pulmonar, auxiliando no diagnóstico de condições como asma e DPOC.

  • Exame de Escarro: Detecta infecções pulmonares e outras doenças respiratórias.

  • Testes Alérgicos: Identificam alérgenos específicos desencadeadores da tosse crônica.

  • Endoscopia Digestiva Alta: Avalia o esôfago em busca de sinais de refluxo gastroesofágico e gastrite.

  • Testes de Refluxo Gastroesofágico: Diagnóstico mais preciso do DRGE, incluindo pHmetria esofágica e impedância esofágica.

  • Exames de Sangue: Detectam infecções ou condições sistêmicas relacionadas à tosse crônica.

  • Broncoscopia: Exame endoscópico dos pulmões.

  • Biópsia: Realizada em casos suspeitos de câncer de pulmão ou outras condições graves.


O diagnóstico correto depende da identificação da causa subjacente, direcionando os exames necessários com base na história clínica e nos sintomas do paciente.


Estratégias de Tratamento


O tratamento da tosse crônica varia de acordo com a causa subjacente:


  • Tratamento da Causa Subjacente: Identificar e tratar a causa raiz é fundamental. Condições como asma, refluxo gastroesofágico, infecções respiratórias e DPOC requerem tratamento específico para reduzir a tosse.

  • Medicamentos para Tosse: Alguns medicamentos, como inibidores da tosse, agonistas beta-adrenérgicos e corticosteroides inalados, podem ser prescritos para reduzir a tosse em algumas pessoas.

  • Medicamentos para Alergias: Se a tosse for alérgica, o tratamento de alergias com anti-histamínicos, descongestionantes e corticosteroides pode ser recomendado.

  • Mudanças no Estilo de Vida: Parar de fumar, evitar poluentes do ar, manter a umidade adequada em casa e evitar alimentos desencadeadores de tosse podem ajudar.

  • Fisioterapia Respiratória: Essa abordagem é útil para pessoas com doenças pulmonares, ajudando a remover o muco dos pulmões e das vias respiratórias.

  • Técnicas de Relaxamento e Acupuntura: Meditação, ioga, exercícios de respiração e acupuntura são alternativas que podem aliviar a tosse crônica em algumas pessoas.


A tosse crônica não é uma condição única, e o tratamento deve ser personalizado de acordo com a causa subjacente. Consultar um médico de confiança é o primeiro passo para obter o diagnóstico correto e iniciar o tratamento adequado.


Conclusão


A tosse crônica é um sintoma que merece atenção cuidadosa. Compreender suas causas e abordar os tratamentos de forma individualizada são passos essenciais para aliviar o desconforto e melhorar a qualidade de vida. Se você está enfrentando a tosse crônica, não hesite em buscar orientação médica para identificar a causa e receber o tratamento adequado.


Perguntas Frequentes (FAQs)


  1. O que é considerado tosse persistente? A tosse persistente é definida como uma tosse que dura mais de 8 semanas em adultos e mais de 4 semanas em crianças. Ela pode ser contínua ou recorrente durante esse período.

  2. Quais são os principais sintomas que podem acompanhar a tosse persistente? Além da tosse, a tosse persistente pode ser acompanhada por sintomas como falta de ar, chiado no peito, produção de expectoração, dor torácica e fadiga, dependendo da causa subjacente.

  3. Quando devo procurar um médico para avaliar minha tosse persistente? É aconselhável procurar um médico se você tiver uma tosse persistente que dura mais do que o período mencionado anteriormente ou se a tosse for grave, estiver afetando sua qualidade de vida ou acompanhada de outros sintomas preocupantes.

  4. Quais são algumas das causas menos comuns de tosse persistente? Algumas causas menos comuns de tosse persistente incluem doenças autoimunes, distúrbios neurológicos, refluxo laringofaríngeo, infecções por micobactérias não tuberculosas e tumores respiratórios.

  5. A tosse crônica é sempre um sinal de uma condição grave? Nem sempre, mas pode indicar problemas subjacentes. A avaliação médica é fundamental para determinar a gravidade.

  6. Qual é a diferença entre tosse seca e produtiva? A tosse seca ocorre sem a produção de muco, enquanto a tosse produtiva envolve a expulsão de secreções.

  7. É possível tratar a tosse crônica com remédios caseiros? Em casos leves, remédios caseiros podem ajudar, mas a persistência dos sintomas requer avaliação médica.

  8. Quais são os principais fatores de risco para a tosse crônica? Fatores como tabagismo, exposição ao tabagismo passivo, alergias e infecções respiratórias frequentes são significativos.

  9. Como prevenir a tosse crônica? A prevenção envolve evitar fatores de risco, como o tabagismo, e manter um estilo de vida saudável, incluindo uma dieta equilibrada e exercícios regulares.


Lembre-se de buscar ajuda médica quando necessário e seguir as orientações do profissional de saúde para obter o melhor resultado no tratamento da tosse crônica. Conte conosco para auxiliá-lo em sua jornada em busca de alívio e bem-estar.

Na dúvida, consulte seu médico otorrino de confiança. Conte comigo!






Dr. Bruno Rossini (CRM-SP 115697; RQE:34828)

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