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Cutucar o nariz aumenta a chance do desenvolvimento de Alzheimer?

Atualizado: 28 de jun.

Um estudo realizado em uma universidade da Austrália e publicado na revista científica Nature, com grande divulgação em mídia aberta, correlacionou o aparecimento da doença de Alzheimer com o hábito de cutucar o nariz. Isso aconteceria por que a bactéria Chlamydia pneumoniae, poderia passar do nariz para o sistema nervoso central através de fibras do nervo olfatório. Por sua vez, essa bactéria poderia estar relacionada com a maior produção de uma proteína, chamada de beta amiloide, que está presente no sistema nervoso central de alguns pacientes com a doença de Alzheimer. Esse artigo é realmente alarmante?


Vejamos bem, vale ressaltar que esse estudo experimental foi realizado em camundongos, e que apesar de levantar essa hipótese, ainda não temos certeza de nada.


Cutucar o nariz é um hábito bastante anti higiênico e que pode gerar sensação de ojeriza às pessoas em volta. A manipulação excessiva do nariz pode causar traumas e lesões na mucosa respiratória aumentando a produção de crostas e levando a lesões persistentes. Existem pacientes que manipulam o nariz obsessivamente, que além de gerar uma ferida na mucosa nasal de difícil tratamento, podem estar sofrendo de um transtorno psiquiátrico e merecem avaliação e tratamentos adequados.


Os desvios de septo nasal mais anteriores, são uma causa frequente de aumento da produção de crostas nasais. Isso acontece pelo fluxo de ar turbulento gerado pela alteração anatômica. A presença de doenças inflamatórias ou infecciosas como as sinusites crônicas e as rinites também podem facilitar a formação das famosas catotas.


Além disso, o uso de substâncias irritativas, como a cocaína, também são causas frequentes de lesão ulcerativa na mucosa nasal aumentando o aparecimento dessas, incômodas, casquinhas.



Mas também existem diversas formas de melhorar essa situação. Uma delas é aumentar a hidratação, isto é, tomar bastante água, deixando a mucosa mais hidratada e saudável. A lavagem nasal com soro fisiológico, de forma frequente, também alivia bastante esses sintomas. Também existem substâncias em gel que podem ser aplicadas na região anterior do nariz aumentando a unidade local por mais tempo e diminuindo a produção dessas melecas. Em casos específicos, também podemos usar pomadas cicatrizantes e com antibióticos ajudando no tratamento das feridas, caso elas estejam presentes.

Por fim, existindo ou não relação com o desenvolvimento futuro da doença do Alzheimer, não devemos ficar manipulando nosso nariz de forma inadvertida.


Se você produz muita meleca, catotas ou casquinhas nasais, não deixe de procurar o seu médico otorrino para receber o tratamento correto. Podemos ajudar com isso. Conte comigo.



Dr. Bruno Rossini (CRM-SP 115697; RQE:34828)

Fone e WathsApp: (11) 91013-5122 | (11) 99949-7016

Clinica Oto One- São Paulo

Instagram: @brunorossini


Perguntas e Respostas sobre Alzheimer e Problemas Otorrinolaringológicos


  1. A doença de Alzheimer pode causar problemas otorrinolaringológicos?

Sim, a doença de Alzheimer pode afetar diversas funções do corpo, incluindo as relacionadas à otorrinolaringologia. As alterações neurológicas podem prejudicar a audição, o olfato, o paladar e a deglutição.

  1. Quais são os problemas auditivos mais comuns em pacientes com Alzheimer?

Pacientes com Alzheimer podem apresentar perda auditiva, dificuldade em compreender a fala em ambientes ruidosos, zumbido e alucinações auditivas.

  1. A perda do olfato é um sintoma comum da doença de Alzheimer?

Sim, a perda do olfato é um dos sintomas precoces da doença de Alzheimer. Estudos indicam que a perda do olfato pode ocorrer anos antes do aparecimento dos sintomas cognitivos.

  1. Quais são os problemas de paladar que podem ocorrer em pacientes com Alzheimer?

Pacientes com Alzheimer podem apresentar alterações no paladar, como dificuldade em distinguir sabores, preferência por alimentos doces e salgados, e até mesmo perda do paladar.

  1. A doença de Alzheimer pode causar problemas de deglutição (disfagia)?

Sim, a disfagia é comum em pacientes com Alzheimer, especialmente nos estágios mais avançados da doença. A dificuldade em engolir pode levar a complicações como desnutrição, desidratação e pneumonia aspirativa.

  1. Quais são os sinais de disfagia em pacientes com Alzheimer?

Os sinais de disfagia incluem tosse durante ou após as refeições, engasgos frequentes, dificuldade em mastigar e engolir, regurgitação de alimentos, perda de peso e recusa alimentar.

  1. Como os problemas otorrinolaringológicos podem afetar a qualidade de vida dos pacientes com Alzheimer?

Os problemas otorrinolaringológicos podem prejudicar a comunicação, a alimentação e a segurança dos pacientes com Alzheimer, além de aumentar o risco de isolamento social e depressão.

  1. Existe tratamento para os problemas otorrinolaringológicos em pacientes com Alzheimer?

O tratamento depende da causa e da gravidade do problema. Pode incluir o uso de aparelhos auditivos, medicamentos, terapia fonoaudiológica e, em alguns casos, cirurgia.

  1. Como posso ajudar um familiar com Alzheimer que apresenta problemas otorrinolaringológicos?

É importante estar atento aos sinais e sintomas de problemas otorrinolaringológicos, como dificuldade em ouvir, perda do olfato, alterações no paladar e dificuldade em engolir. Procure um médico otorrinolaringologista para avaliação e tratamento.

  1. A avaliação otorrinolaringológica é importante para o diagnóstico da doença de Alzheimer?

Embora a avaliação otorrinolaringológica não seja suficiente para diagnosticar a doença de Alzheimer, ela pode ajudar a identificar sinais precoces da doença, como a perda do olfato, e a descartar outras causas para os sintomas apresentados pelo paciente.


Conte comigo para ajudar! 

Dr. Bruno Rossini (CRM-SP 115697; RQE:34828)

Fone e WathsApp: (11) 91013-5122 | (11) 99949-7016

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